PRO ASTRO QUE ME VIA QUENTE
Vivia em um comum acordo o morador e sua casa.
"Não me perturbe" dizia, as paredes a caminhar.
Até que a luz do sol invade por uma fresta no telhado.
E entrando por ela, o astro passeia distraída em cada cômodo.
E sem perceber vai desarrumando...
Derrubando as panelas, bagunçando os livros, na estante há meses.
Revirando os móveis, já acomodados
e espalhando as roupas que enfeitam o velho sofá.
E enquanto a casa vibra contente,
pelas doses de vida que agora à pisam delicadamente.
O morador, esse teme perder o sossego,
não suporta ver tanto vermelho
e o telhado tenta arrumar.