Avistei de longe a ternura.
De braços abertos.
À espera da doçura
que sentada estava
na calçada da emoção.
O amor prometeu buscá-las
Na praça das sensações.
No assento centralizado
Entre camélias, a Flor da fidelidade!
Deram-se as mãos.
Entrelaçadas ficavam fortes.
Cumplicidade olhava da janela,
Prisioneira da razão.
Não abriria a porta em vão.
O respeito, apesar da timidez,
Pôs-se de pé, ao lado, mudo.
Dignidade sem descuido.
Todavia, discordâncias necessárias.
Paixão, eu? Apenas na chegada.
Solo do coração foi arado com confiança.
Leiras prontas pro amor entrar.
De repente desponta...
Surpreso, o amor,
Assiste os que o cerca,
Virem ao seu encontro.
Mal sabia ele, ingênuo.
Que ao prometer recolher os sentimentos,
Eram eles, que o compilava.
E a praça, puramente invadida.
Carecia apenas ser nutrida.
Para driblar o tempo.