Num desmedido orifício
Num desmedido orifício
O horizonte se quebrou
Tomou a forma inconclusiva
De avariados metros
Quando chegou
Um imperador do oriente
Me disse para ir lá
Que eu iria ser feliz
Vivendo em terras diferentes
Esbarrar com outra gente
Mas veio a chuva
E não pude viajar
Procurei um sonho
Que pudesse me alentar
Mas no mercado de ilusões
Não tinha nenhum para comprar
Tive que retroceder
E no horizonte dissolver
Os cataclismos anunciados
Revirando então os dados
Me deixei ficar
Sentado numa pracinha
Esperando para ver
Se ali chegavam notícias
Que me deixassem dormir