Você
Se morre-se de amor?
Não sei bem dizer.
Mas a saudade teima,
O meu corpo queima...
Ouvi dizer que esta ilusão
Leva além do horizonte fugidio
Como segue inexorável
no seu curso o rio.
Pernas, braços, profusão
de gente que percebe pouco
onde é céu, onde é chão.
E vivem por aí
Não tentam entender o amor
Não potencializam a dor
Parecem imunes ao rancor.
E eu tentando ser diferente
Perdi o meu tino de gente
Enveredei num caminho
onde já não sou sozinho.
E me flagro pensando:
O meu destino, é você.