QUADRO-NEGRO
QUADRO-NEGRO
Num quadro-negro distante
De efêmeras lembranças
Marcadas a giz
O apagador se fez presente
Apagando o que restava
De saudade de tempos de petiz
Sobraram alguns rabiscos
Sem interligação e misturados
Em vogais e consoantes dispersas
Qual um quebra-cabeças
De milhares de peças
Que não se encaixam
Num ocaso que por acaso
Se faz presente sem passado
E futuro incerto