Poeta
Sonhei-te com olhos amolecidos
Vertendo mel na escuridão dos seus sentimentos
Te abraçando sem culpa
Do peito á voz
Fazia morrer o coração decepcionante
Calava os dizeres impuros da sua alma
Sonhei-te
Para renascer versos cafetões
Em beijos liricos
Oh Meu poeta
Sonhei-te
Pelos becos da sombra
No rasgar das prosas
Nos sonetos indultos
Adormecendo o inverno do meu corpo
no cárcere do seu calor
Sonhei-te, por sonhar
Sonhei-te para sonhar outra vez
E sem culpa de te sonhar.