POEMAS AUSENTES
POEMAS AUSENTES
Poemas acordam,
Construções circulantes,
Que, únicamente sangram,
Expelindo conhecimento,
Ao serem definições distintas.
Habitantes das pulsassões,
O ontem e o hoje,
Sustentam, primitivos,
A intensidade das palavras,
Dedicadas ao florescer.
As demasias do amanhã,
Encostam-se diariamente,
Ao movimento da fala cega,
Numa exploração caminhante,
Ausente de estímulos ou privações.
Sofia Meireles.