NAS ESQUINAS DOS MISTÉRIOS
A PONTA DO SALTO , ao tocar o reflexo na poça da noite,
Abriu um portal lá no alto, no morro do seu carcará.
Brindamos os copos, e a alegria era de se comemorar como se brindassem os corpos na escuridão,
Embriagados do que será?
O salto ainda se mantinha vermelho, os lábios no mesmo ton.
O samba na rádios iluminava o olho, leal espelho, refletindo pernas, bambas e o tom sobre tom.
Depois sentamos. Levantamos. Sentamos. Gargalhamos . . .
A cerveja dizia tudo : havia sol naquela morada . . . Quando olhamos
Naquele bar havia luz encarnada.
Havia o mistério dando linha em cerol envernizada.
Avuar ... não tem, nem há outra forma de explicar tal feitiço.
Avuar
Amanhecer noir, embriagado de um sol catiço.