O barqueiro
O barqueiro da morte,
Em mais uma de suas muitas viagens,
Não exalava sentimento algum.
Até que entre a névoa sombria e gélida,
A forma pálida e bela se revela,
Como quase que um anseio do paraíso,
Então um riso,
Daquele ser sem sentimento se desprende.
Alguém que nada sente (ou sentia).
Naquela manhã fria,
Tornara-se mais um consumido,
Pela estranha e abstrata
Força do amor.