É preciso viver sem expectativas...
Manhã de outono...
Saudades do inverno
Lembranças da primavera.
Foi no verão que viu o lixo rolando nos escombros da natureza...
Era uma praça antiga verde e vazia.
Inspirou e expirou...
Invisível tornou-se.
A borboleta, a rua e o pedinte ...
No mesmo banco...
Era uma verdade sem cor, embaixo do pé de figueira
Cruz do passado, falando de uma dor tão estranha!
Qua vagamente o poeta percebeu sua raiz.
Visto que tanto tempo se passou..
O velho ainda sonhando com ar de primavera.
As cores fizeram um argumento profundo.
Refletido no momento passado e em tudo.
Foi num encontro de almas;
Melancolia, tristeza...
E gratidão...
Pelo bem de todos.
A vida há de pulsar!
Ainda que nas ondas do mar.
À terra precisa chegar...
Assim como o corpo necessita do ar...
O sonho precisa de ação.
Nela há de embarcar.
No mundo há de tudo!
Até momentos para vislumbrar...
E na luz do crepúsculo poetizar.
Assim a tristeza romantizar.
Quiçá quiçá...encantar-se...
Ela traçava caminhos, com brilhos e romantismo
As lágrimas chegaram como chuva...
E o percurso desmoronou
Foi assim...o desencontro.
Expectativas falidas...e agora?
Reza gratidão celebrando a existência quando era...
Tudo valeu a pena...quando foi.
Sem gratidão não existirá nada além do ócio.
O abismo do vazio assusta o fulgor da luz de cada dia.
É preciso viver sem expectativas.