POESIA
Céu de poema que ao estômago embrulha,
tem a fidelidade das luzes de motéis baratos,
jogados nas estrada dos amores ruminantes.
Gente tonta sem rumo jurando poesia industrial,
onde só tem tédio da velhice e ingenuidade,
pra olhos ávidos da mesma velha fórmula,
cansada de sua própria rima forçada.
Por isso morre a língua no estreito da superfície,
gelada, triste e descolorida, de um peito sem ânsias,
que despeja sua morte na cafonice diária.