POESIA

Céu de poema que ao estômago embrulha,

tem a fidelidade das luzes de motéis baratos,

jogados nas estrada dos amores ruminantes.

Gente tonta sem rumo jurando poesia industrial,

onde só tem tédio da velhice e ingenuidade,

pra olhos ávidos da mesma velha fórmula,

cansada de sua própria rima forçada.

Por isso morre a língua no estreito da superfície,

gelada, triste e descolorida, de um peito sem ânsias,

que despeja sua morte na cafonice diária.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 13/04/2022
Código do texto: T7493944
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