SEM DESTINO!
Asfalto negro estrada solidão e sol a pino.
Eu, moto mochila e emoção sem destino.
Passo por cercas e riachos
vejo negros em seus despachos
viajo nas minhas nostalgias
enquanto ao lado há um riacho.
Imensidão à minha frente em todos os lugares que passo.
Trago comigo alem das saudades um violão que adoro
na mente musicas, poesias e emoções a tira colo.
Ao longe uma cabana a beira mar
brisa,mar, ondas até um cargueiro a fumegar.
De Repente uma nuvem negra se aproxima
a chuva já bate em meu rosto fria e fina
lágrimas se misturam a chuva que cai
são as saudades de entes que vem e vai.
O barulho da moto se mistura nos trovões da chuva
não posso parar nesta água revolta e turva.
Hoje é outro dia.
Os pássaros cantam e as gaivotas voam
o dia resplandece
minhas alegrias pelos cantos ecoam.
É hora de seguir o meu destino
cavalgo minha moto com ímpeto e desatino
Vento ao peito cabelos ao vento
a um sonho a seguir sem destino.
Não sei onde parar e onde ir
Buscar aquilo que ainda não encontrei
talvez o acaso,o futuro talvez...não sei.
No fim do horizonte, talvez...
eu me ache inteiramente
no poente me encontre finalmente.
Dúvidas intermináveis me habitam,não sei.
Enquanto houver o amanhã buscarei o que não encontrei.