MEU ESCREVER
Quando escrevo, tudo se ilumina
Flores nascem por todos os lados
Amores em várias versões, alados
E até a dor tem uma doce rima
Ao escrever, abro o portal do encanto
Sento a mesa dos glutões gigantes
Deito na cama dos improváveis amantes
Planto vocábulos, de deleite e espanto
Quando escrevo, sinto cheiros
Ouço sons, vejo imagens
Sinto gostos, faço viagens
Sou um velho aprendiz de oleiro
Ao escrever, desabo na imensidão
Voo rumo ao eterno infinito
Faço dos versos, meu grito
Faço dos poemas, minha oração.