BRUMAS
BRUMAS
Na diminuta bruma de memórias
Um inspirar um expirar
Relembra a rebentação
Das ondas espumantes
A lhe lavar os pés afundados na areia
Passa o tempo que se finita
Onde tudo se esvai
A orla marinha
As aragens de maresia
Numa bonança de aromas
De flores e palmeiras
Que adornam toda a orla
As marés indo e vindo
Batendo nas rochas gastas
Faz lembrar o ápice
Contrastando com a vida em declínio
Que se sobrepõe as ondas
Num lampejo rápido nota o horizonte
Distante de outros dias
E como se pudesse vencer utopias
Percebe o crepúsculo vindo lento
E sonha com o amanhecer
Ilusoriamente procurando alento
Depois nada mais, submerge
Nas águas salgadas da vazante
Num último fremir de vida