VERSOS ENUMERADOS

VERSOS ENUMERADOS

Versos desconsolados,

Dedicam-se ao ficar,

Quase sem tempo.

Dada à claridade,

A arte do já,

Vem posicionada por sabores.

Por dentro do florescer,

A vez das posses,

Assombra os pedaços arriscados,

E indefinidos das coisas.

Universal, o querer,

Sustenta perguntas,

Ditas pela memoria.

O sempre, intensificado pela antiguidade,

Fala da unicidade venenosa e evenenada.

Os tecidos da eternidade,

Datam o quebrar dos números.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 12/04/2022
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