VERSOS ENUMERADOS
VERSOS ENUMERADOS
Versos desconsolados,
Dedicam-se ao ficar,
Quase sem tempo.
Dada à claridade,
A arte do já,
Vem posicionada por sabores.
Por dentro do florescer,
A vez das posses,
Assombra os pedaços arriscados,
E indefinidos das coisas.
Universal, o querer,
Sustenta perguntas,
Ditas pela memoria.
O sempre, intensificado pela antiguidade,
Fala da unicidade venenosa e evenenada.
Os tecidos da eternidade,
Datam o quebrar dos números.
Sofia Meireles.