TRABALHO DA BONDADE

TRABALHO DA BONDADE

No trabalho da luta,

A pergunta do não,

E por idas direcionadas,

Coisifica o amar.

O caminho lento floresce,

Por pessoalidades circulantes,

Enquanto, através de olhares escuros e dilatados,

A posse dos instintos,

Rende-se às penas.

Os modos únicos de comparação,

Celebram dados mentais,

Com o assombro dos desejos.

Há um descanso,

Em todas as partes da suavidade física.

Angelical, a honra do toque,

Assassina os movimentos,

Sabiamente nomeados pelo egoísmo.

Cromático, o canto do tempo,

Beija os tecidos do sabor,

Que, visionário e indizível pelo nunca,

É, e continua sendo o mesmo.

Motivos, tomados como frutíferos,

Bocejam as chamas dos pedaços recentes,

De cada uma das saídas,

Já que, em fios,

Afinam-se com cortes.

Rival das perseguições,

O mito quantifica,

A vez, alicerçada pelo isolamento.

A duração se torna fechada,

A partir de elevações prostradas.

A resolução das formas brilhantes,

Sangra, pela força das crenças.

Invadido por grandezas,

O interior da individualidade,

Rompe o inconsciente.

A servidão às pedras,

Qual vício livre da razão,

Aprofunda a melancolia do ter.

As cascas do terror,

Pela luz,

Devoram e atam o primitivo peso,

Dos feitos selvagens,

Engolidos pelo sobressalto.

Levada à esperança,

A acesa sede,

Colore as localizações,

À margem da coletividade.

Descidas ébrias,

Submersas no ficar,

Voltam-se ao sorriso da mudança.

Lavado ou sujo,

O agora interrogativo,

Aproxima-se da limpeza,

Quando suplantado pela bondade.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 12/04/2022
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