TRABALHO DA BONDADE
TRABALHO DA BONDADE
No trabalho da luta,
A pergunta do não,
E por idas direcionadas,
Coisifica o amar.
O caminho lento floresce,
Por pessoalidades circulantes,
Enquanto, através de olhares escuros e dilatados,
A posse dos instintos,
Rende-se às penas.
Os modos únicos de comparação,
Celebram dados mentais,
Com o assombro dos desejos.
Há um descanso,
Em todas as partes da suavidade física.
Angelical, a honra do toque,
Assassina os movimentos,
Sabiamente nomeados pelo egoísmo.
Cromático, o canto do tempo,
Beija os tecidos do sabor,
Que, visionário e indizível pelo nunca,
É, e continua sendo o mesmo.
Motivos, tomados como frutíferos,
Bocejam as chamas dos pedaços recentes,
De cada uma das saídas,
Já que, em fios,
Afinam-se com cortes.
Rival das perseguições,
O mito quantifica,
A vez, alicerçada pelo isolamento.
A duração se torna fechada,
A partir de elevações prostradas.
A resolução das formas brilhantes,
Sangra, pela força das crenças.
Invadido por grandezas,
O interior da individualidade,
Rompe o inconsciente.
A servidão às pedras,
Qual vício livre da razão,
Aprofunda a melancolia do ter.
As cascas do terror,
Pela luz,
Devoram e atam o primitivo peso,
Dos feitos selvagens,
Engolidos pelo sobressalto.
Levada à esperança,
A acesa sede,
Colore as localizações,
À margem da coletividade.
Descidas ébrias,
Submersas no ficar,
Voltam-se ao sorriso da mudança.
Lavado ou sujo,
O agora interrogativo,
Aproxima-se da limpeza,
Quando suplantado pela bondade.
Sofia Meireles.