Sentado na Pedra do Tempo

Sentado na pedra do tempo

avisto ao longe uma musa

que me beija o imaginário

e alerta-me sobre o tempo

que não existe.

Que o tempo do amor não passa

não passou

não passará,

não existe nem tempo

nem amor.

O que existe é esta vontade

de avistar ao longe uma musa

que me avisa

que não sou da vida

que o tempo não me quer.

O que faço aqui sentado?!

Só eu a pedra e o meu imaginário

nem a musa existe

ficou triste com o tempo

e nunca mais apareceu.

Fiquei sentado na pedra do tempo

a contemplar o existencialismo do nada...