O fim
Às vezes é só o barulho do vento
E você nem tem que acreditar
Às vezes é só uma velha ironia
Que está tentando te paralisar
Que você é bom e mais do que além
E sabe tão quanto os oceanos
Finge e morde e cogita amar alguém
E nem fumaça de cigarro tem mais
Os mosquitos te superam numa mesa
Um café tem borra e não tem mais
Beleza, é a verdade, beleza.
Sai pra tentar ver o mar
Que nessa solidão nunca o encontrou
E encostado numa pedra a relaxar
Em tantos sonhos doidos e empolgou
Oh que vida triste encantada!
Oh que vida passada no pó!
Lá dentro a casa toda arrumada
Mas uma solidão que dá dó!
Enfim o fim ninguém sabe
Que pode ser igual ou melhor
Mas fim é sempre carente
E pode ter mais ou não pode ser só.