Negra
Lá vai, lá vem!
Linda, no seu andar me encanto
Quem dera se fosse sereia, para me embalar no seu canto.
Ao meu coração encanta, esse teu encanto me espanta.
Africana, flor de cacana.
Africana, não mais me engana.
O seu segredo foi a mim revelado,
é a sua forma de ser, que me torna este ser.
Magrela que já passa na passarela, quem à vê grita, "lá vem a negrita".
Nos teus tecidos coloridos, carregas não só os teus filhos.
Preta certa, que a minha cede desperta.
Preta recta, que nem precisa ser esperta.
Já me tens.
Essa é a sua treta.
Ela não se importa se alguém fecha-lhe a porta.
Todas as dores suporta e não há oque a sufoca.
Predomina em ti, o perfume que me domina.
Tu és a menina da mina em que eu sou escravo, e o seu amor em mim, eu cravo.