FIM OUVINTE

FIM OUVINTE

O ouvir, desprezado pelas voltas,

Apenas modela,

O raciocínio faminto.

A margem das descidas,

Alimenta-se de gelo.

As posses, geradas na fecundidade do florescer,

Naturalizam a morte.

O querer do deleite,

Preenche-se com fases visuais.

Diminuta e negada,

A noite da cegueira,

Capta semelhanças.

A ameaça, como um objeto do amor,

Verte as posições do poema.

Indefinido, o caminho naufragado,

Isola o logo dos movimentos.

Algo obrigatório,

Recomeça por todos os fins.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 06/04/2022
Código do texto: T7489640
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