FIM OUVINTE
FIM OUVINTE
O ouvir, desprezado pelas voltas,
Apenas modela,
O raciocínio faminto.
A margem das descidas,
Alimenta-se de gelo.
As posses, geradas na fecundidade do florescer,
Naturalizam a morte.
O querer do deleite,
Preenche-se com fases visuais.
Diminuta e negada,
A noite da cegueira,
Capta semelhanças.
A ameaça, como um objeto do amor,
Verte as posições do poema.
Indefinido, o caminho naufragado,
Isola o logo dos movimentos.
Algo obrigatório,
Recomeça por todos os fins.
Sofia Meireles.