"A ROTINA QUE MATA" Poema de: Flávio Cavalcante
A ROTINA QUE MATA
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
Minha companhia de todo o dia
O cansaço, este que me domina
História que o escritor nunca varia
O dia que começa, o dia que termina
II
Dói o corpo e dói n'alma incessantemente
O fazer, apagar e repetir toda nossa história
Obrigação de fazer o dever constantemente
E nunca eliminar a essência da nossa memória
III
Cansativo, mas no final da obra, compensativo
Esta rotina é para todos, um mal bem necessário
É dolorosa e sem dúvidas, um trabalho exaustivo
Face da rotina o reflexo de um ser temerário
IV
Viver é perigoso quando cada dia é bem agitado
A rotina que dá fadiga, preguiça e que esmorece
Há ausência de vontade, dormência ou parado
Deixando o corpo sem vontade e a alma adoece
V
O repetir a história deixa uma rotina que mata
Mas já foi muito bem dito que é um mal necessário
É o ritmo que quando não faz raiva, faz falta
E toda sua rotina, tem você como o proprietário