Última noite...

Enquanto o sol deitava naquele monte azulado

a lua despontava sorrindo

Cá já morria a esperança de ver flores se abrindo

Mas elas deixaram como herança

Um perfume alfazemado

Que a brisa da noite soprava leve

Entre o brilho das estrelas nos arbustos aflorados

Os cabelos cor de neve

Que a própria brisa pintou

Sob os respingos orvalhados

Daquela madrugada fria e sem cor

Nos lábios antes rosados

Agora um gosto de dor

Nas mãos cruzadas uma flor

Levaria para as manhãs não amanhecidas

Por sobre o sepulcro o odor

Duma vida quase não vivida

Era um radiante e sincero adeus

Pro nada que lhe fez companhia

Quem sabe visitaria Zeus

E o Olimpo agora lhe daria

Nessa fé solícita se entregava uma alma sofrida

Na esperança que a morte não levou

Confortada na certeza ela ainda

Teria a felicidade que tanto buscou

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Muito obrigada pela linda interação meu mestre poeta Jacó Filho

05/04/2022 19:15 - Jacó Filho

Sem os ouvidos carnais,

Já não ouvia os adeus...

Mesmo amando os seus,

Já não importava mais...