Sabe?

Sabe aquele verde esmeralda no fundo da retina tímida?

Sabe o negro que se estende dos cabelos à noite completa e cheia aos pés da lua?

Sabe a mudez diante da mão que afaga?

Sabe a verdade nua e crua?

Tomei então minha metáfora mais clara e efetiva

Na dose única, única alternativa, única rua

E diante do sinal fechado,

Do trânsito entre dentes, congestionado, despertei.

Sabe o sonho sereno, entorpecer tão delicado?

Ai de mim, acordei.