ANJO AZUL
Ah! meu anjo azul
onde estás que já não te vejo
e por que não me guardas mais?
Ah! meu anjo azul
em que encruzilhada nos separamos
em que esquina me perdestes
e qual foi a outra casa em que tu entrastes?
Ah! meu anjo azul
quem me cuidará dos meus tantos pecados?
Quem me agasalhará dos frios das noites?
Quem me protegerá do mal dos homens?
E quem me conduzirá ao pai que um dia
lá atrás também a mim deixou?
Ah! meu anjo azul
se algum dia houveres de retornar
procuras no escaninho mais íntimo
desta minha deslembrada alma
a carta que te escrevi em pingos
para que no dia em que eu desexistir
tomares conta para todo o sempre
do meu desamparado e solitário menino