As razões.

 

Não são as razões, efêmeras!

Pois impedem meus trôpegos passos.

Parecem cercar-me entre as pernas,

E não são poucas - inúmeras!

Por vezes, parecem eternas...

 

Razões para agir, nesta hora:

Se é pra fazer, seja agora!

Não dá pra ficar, vou-me embora!

Viver deste jeito? - Estou fora!

 

Quantas utopias no entanto,

Permeiam tais decisões...

Preciso ir, mas não quero,

No fundo ainda espero,

Que morram, as minhas razões.

 

Se estarmos juntos, não é bom,

Sozinhos será bem pior.

Pensei muito na partida

Mas a dor da despedida

Já me fez pensar melhor...

 

Talvez, seja apenas costume,

Dormir e aspirar seu perfume,

Tocar e sentir seu calor.

Quem sabe, não queira a saída,

Por certo, a verdade escondida,

Já tenha outro nome: Amor!