SIMPLICIDADE CARNAL
SIMPLICIDADE CARNAL
Na carne do raciocínio,
Frutificam alternativas,
Que trabalham pela crença.
Físico e diminuto,
O achado melhora,
O abrigo da posse inconsciente.
A vez do abandono,
Humaniza gêneros.
A complexidade, requerida pelo aprendizado,
Dura, mas não custa.
O já estável e disponível,
Muda a intensidade dos significados.
A organização da volta,
Permite a irritação.
Toques estancados poeticamente,
Distraem sonhos amáveis.
Doente e louca,
A criação se confunde,
Com a música da composição.
Beijos pousam,
No caminho das rugas.
As cicatrizes da observação,
Aproximam épocas.
Encarada como nascimento,
A indefinição se individualiza.
O dever do pensamento,
Na mesmice das junções,
Exala o voo.
O avanço, limitado e lavado,
Enfeita o esmagamento.
Furioso, o regresso momentâneo,
Como uma espécie de incômodo,
Diz das esperas.
Os encontros demonstrados pela vida,
Imigram grotescos pela vulgar simplicidade.
Sofia Meireles.