NADA POSSÍVEL

NADA POSSÍVEL

O nada que consta na falta,

Como uma página enumerada,

Adorna crescimentos,

Pela vinda feroz,

E indiferente da morte.

Alternativas e amigáveis, as letras dos desgostos,

Domesticam viagens noturnas.

Convencional e conveniente, a luta,

No tempo de coisas erguidas,

Contraria a humanidade.

Estimulante, a agressividade poética,

Basta-se ao apoio das palavras exemplares,

Quase trazidas diariamente,

Por aproximações estáveis.

A continuidade dos dizeres indefinidos,

Há de poder perder o ainda.

O já das certezas,

Individualiza feitos.

A demonstração periódica dos filmes,

Vê-se conservada pelo luto.

O mal possui,

A plenitude das posições,

Levantadas por horas tardias.

Os meios se movem,

Para os eventos de época.

A queda carnal,

Protege as sobras do apenas.

Restos de devoção,

Habitam nas vezes.

A importância dos pensamentos,

Dura, enquanto há vida.

O alimento para a frieza,

Naufraga, incontestável,

Pelo papel do peso.

O tudo, possível,

Deseja o reino do impossível.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 31/03/2022
Código do texto: T7484895
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