NADA POSSÍVEL
NADA POSSÍVEL
O nada que consta na falta,
Como uma página enumerada,
Adorna crescimentos,
Pela vinda feroz,
E indiferente da morte.
Alternativas e amigáveis, as letras dos desgostos,
Domesticam viagens noturnas.
Convencional e conveniente, a luta,
No tempo de coisas erguidas,
Contraria a humanidade.
Estimulante, a agressividade poética,
Basta-se ao apoio das palavras exemplares,
Quase trazidas diariamente,
Por aproximações estáveis.
A continuidade dos dizeres indefinidos,
Há de poder perder o ainda.
O já das certezas,
Individualiza feitos.
A demonstração periódica dos filmes,
Vê-se conservada pelo luto.
O mal possui,
A plenitude das posições,
Levantadas por horas tardias.
Os meios se movem,
Para os eventos de época.
A queda carnal,
Protege as sobras do apenas.
Restos de devoção,
Habitam nas vezes.
A importância dos pensamentos,
Dura, enquanto há vida.
O alimento para a frieza,
Naufraga, incontestável,
Pelo papel do peso.
O tudo, possível,
Deseja o reino do impossível.
Sofia Meireles.