MENDIGOS DE AMOR!

Às vezes me pergunto por que

Sempre fui tão preterido,

Por quem de mim se aproximou!?

E percebo que a sinceridade de cada um,

Em si mesmo calou!

Foi corroendo e roendo desde jeito,

Quem pode chegar a um denominador?

E percebo que a dor e o ardor,

É um problema criado e ansiados,

Por aquele coração que jamais se entregou!

E vivemos e subsistindo,

De deu em deu , alimentamos

O lamento que criou um buraco no peito!

E não adianta gritar: Tenho razão!

Ninguém liga pra cratera N'Alma,

De quem nada possui ou tem!

E vamos tropegando, como mendigos de amor,

em cada esquina, nas marquises caídos,

Não vimos mais um ao outro!

E os olhos marejados, caídos de sentir,

Inda se ressente de não ter amado mais!

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 29/03/2022
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