Pianíssimo...
Euna Britto de Oliveira
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Subtraem-se flores nos jardins das praças...
Pianíssimo, distante,
O som de um CD de Beethoven...
Pássaros piam em grupo
Nas manhãs sem chuva.
Tudo muito concatenado,
O dia, a noite,
Os relógios mexidos para horário de verão,
As vidas por cima da terra,
As vezes de se dizer:
— Obrigado!
— Obrigada!
Unhas e cabelos cortados
Não nos estão mais ligados.
Assim será todo o corpo,
Indiferente e descartado,
Quando a alma for separada:
Carne habitada pelo espírito que a teve,
Tenda Abandonada...
Se tivéssemos consciência
De todos os perigos que corremos,
Perderíamos completamente o sossego,
Ninguém viveria em paz!
Se soubéssemos de todas as proteções que temos,
Todos viveríamos serenos...
Mas só conhecemos em parte...