Pianíssimo...

Euna Britto de Oliveira

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Subtraem-se flores nos jardins das praças...

Pianíssimo, distante,

O som de um CD de Beethoven...

Pássaros piam em grupo

Nas manhãs sem chuva.

Tudo muito concatenado,

O dia, a noite,

Os relógios mexidos para horário de verão,

As vidas por cima da terra,

As vezes de se dizer:

— Obrigado!

— Obrigada!

Unhas e cabelos cortados

Não nos estão mais ligados.

Assim será todo o corpo,

Indiferente e descartado,

Quando a alma for separada:

Carne habitada pelo espírito que a teve,

Tenda Abandonada...

Se tivéssemos consciência

De todos os perigos que corremos,

Perderíamos completamente o sossego,

Ninguém viveria em paz!

Se soubéssemos de todas as proteções que temos,

Todos viveríamos serenos...

Mas só conhecemos em parte...

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 22/11/2007
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