Ausência
Viverei mil vezes
Sendo as mil por escrever
Tantos versos em êxtases
Sem que alguém me possa ler.
Vivendo sem ser lida
Falo,falo, e não digo nada
Mal sou compreendida
E muito pouco amada.
Minha alma é poesia
E de que vale mil vidas
Se nem uma é ouvida
Nos seus versos ou melodia.
A morte é lenta ,se demora
Mas me mata dia a dia
Nem sei mais se é poesia
A que se vive no agora.