Ausência

Viverei mil vezes

Sendo as mil por escrever

Tantos versos em êxtases

Sem que alguém me possa ler.

Vivendo sem ser lida

Falo,falo, e não digo nada

Mal sou compreendida

E muito pouco amada.

Minha alma é poesia

E de que vale mil vidas

Se nem uma é ouvida

Nos seus versos ou melodia.

A morte é lenta ,se demora

Mas me mata dia a dia

Nem sei mais se é poesia

A que se vive no agora.

Tatiane Camargo
Enviado por Tatiane Camargo em 28/03/2022
Código do texto: T7482480
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