NA PROSA DA QUEIMADURA

NA PROSA DA QUEIMADURA

Em prosa, as travessias do raciocínio,

Habitam, para demonstrarem o tempo,

À estabilidade do egoísmo adolescente.

O ter do apenas,

Na idade do já,

Não se lembra da infância.

Ao quantificar medidas,

O enterro localiza o nascimento.

As vocações das viagens,

Caminham pelo ferro,

Fartas de elevações.

Causas ardem,

Pela loucura de um inconsciente alternado.

Os mitos que convivem com o sangue,

Diariamente se posicionam,

Diante de olhares,

Iluminados pela antiguidade.

Maldades poéticas,

Não sabem de idas.

A direção do fim,

Revela a imensidão da gula infernal,

Coberta de joias.

A grandeza frutifica religiosamente,

A paz, com uma doçura sonora.

Velhas crenças,

Costumam ler lendas.

A sede decifra,

Características primitivas.

O depois súbito,

Voa no sobrenatural da santidade.

O levantamento do toque,

Reminiscente, naufraga.

A fome da humanidade,

Bebe o gosto da partida.

A divulgação pública da vida,

Circula, transportada pela agitação.

Os percursos mergulhados no fogo,

Castigam o triturar da força.

O arrancar linguístico,

Liquefaz o físico das estranhezas.

A nudez das vestimentas transtornadas,

Pressente vindas revolucionárias.

Feridas terríveis,

Abrem queimaduras.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 25/03/2022
Código do texto: T7480298
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