NA PROSA DA QUEIMADURA
NA PROSA DA QUEIMADURA
Em prosa, as travessias do raciocínio,
Habitam, para demonstrarem o tempo,
À estabilidade do egoísmo adolescente.
O ter do apenas,
Na idade do já,
Não se lembra da infância.
Ao quantificar medidas,
O enterro localiza o nascimento.
As vocações das viagens,
Caminham pelo ferro,
Fartas de elevações.
Causas ardem,
Pela loucura de um inconsciente alternado.
Os mitos que convivem com o sangue,
Diariamente se posicionam,
Diante de olhares,
Iluminados pela antiguidade.
Maldades poéticas,
Não sabem de idas.
A direção do fim,
Revela a imensidão da gula infernal,
Coberta de joias.
A grandeza frutifica religiosamente,
A paz, com uma doçura sonora.
Velhas crenças,
Costumam ler lendas.
A sede decifra,
Características primitivas.
O depois súbito,
Voa no sobrenatural da santidade.
O levantamento do toque,
Reminiscente, naufraga.
A fome da humanidade,
Bebe o gosto da partida.
A divulgação pública da vida,
Circula, transportada pela agitação.
Os percursos mergulhados no fogo,
Castigam o triturar da força.
O arrancar linguístico,
Liquefaz o físico das estranhezas.
A nudez das vestimentas transtornadas,
Pressente vindas revolucionárias.
Feridas terríveis,
Abrem queimaduras.
Sofia Meireles.