Aracaju
Quando a tarde cai em Aracaju,
Parece sono e areia fina.
Luzes amanhecem o céu,
Homens caminham pelas praias.
As mulheres sorridentes
Apenas entreabre os lábios,
Pipocando risos e alegrias
Cantando à noite e ao dia.
O poeta despeja sua escrita
Nos cantos das portas
Mas ninguém conhece o sentido.
Alguns acham que são quase pouco.
Crianças bricam no parque,
Os cãozinhos cavam a terra
Com a curiosidade de quem
Procura coisa muito valiosa.
Amanhece a Atalaia
Barracas apontam para o firmamento.
Barrulho,
Marrulho,
Tantos desejos em pele brozeada.
E ninguém conhecendo a dor do poeta....