A VIRTUDE DO DESESPERO
É preciso que morra a esperança,
que se dissipe toda expectativa,
para que um vento de ansiedade
nos conduza atônicos
a incerteza de novidades.
É preciso que tudo saıa do controle,
que nos domine o desconforto
de qualquer desespero,
para que surja algo novo e imprevisível,
que nos liberte do inaceitável conformismo cotidiano.
É preciso, o quanto antes,
alcançar o limite do possível.