Som do silêncio
O que me preenche,
São os silêncios e ilusões,
São cores frias, percebes,
São longas estações,
Verões e invernos...,
Será que entendes!?
São os vazios que habitam na alma,
São enigmas de uma estrutura fria,
Por mais que tentes entender,
Se não vives em mim, não decifrarás,
E por mais que vivas em mim,
Se não o sentires, jamais o encontrarás,
Parece ser o contraditório,
Mas, somos feitos de silêncios,
Cada um com o seu vazio,
Uns mais rasos,
Outros mais profundos,
Mas, quase todos carregam
As dores desse mundo,
Somos feitos de lágrimas adormecidas,
Somos preenchido por gritos
Que as tantas tentam se exprimir,
Mas, por alguma razão,
Acabam sufocados na glote,
E deixam de existir...
Somos reféns dos medos,
Dessa abstracção do sentir,
Que tranca-nos o pensamento,
Somos meras quimeras, note,
Estamos em constante,
Mutações, numa natureza silenciosa,
Que pintamos ao longo de cada
Margem do tempo (...)
(M&M)