ROSAS PELO AR

Bem-vindo à Selva

Por aqui nascem rosas entre as armas

Germinadas pela chuva de novembro

Num jardim de fogo.

Minha doce criança não tenha medo

Eu a amava,

Sei que poderia ser minha

Mas eu não tenho você.

A selva é a cidade do paraíso

Que você tanto procura?

Bata na porta do céu,

Tenha paciência,

Viva e deixe morrer,

Mas não chore esta noite.

A Guerra Civil já passou

E tenho certeza que rosas vermelhas nascerão.

Unimos nossas forças

Porque houve um tempo triste

Em que todos pensavam que estávamos no fim.

Que nossas asas haviam quebrado,

Que conversávamos com anjos loucos

E que tínhamos um buraco em nossa alma,

Mas agora estamos de volta para detonar

E num círculo perfeito

Descobriremos doces emoções.

A verdade é que não queremos perder nada

Nem que tenhamos que lutar

Contra o fim do mundo.

Júnio Dâmaso
Enviado por Júnio Dâmaso em 22/03/2022
Código do texto: T7478462
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