Celebração à Flor Rebeldia

Rompe o silêncio da hostilidade do homem

As flores que insistem em perfumar sem nomes

A colorir sem datas

A sorrir sem códigos

Rompe o silêncio das distopias

O descaso das hipocrisias

A estagnação dos ódios, das raivas...

Os alicerces do egoísmo

As semeaduras das vinganças

Rompe

Rebelam - se nos recônditos frios,

Míseros alicerces da razão caduca

Rompem!

Ousam!

Gritam

Ecoam

Todos os ecos

das sabedorias tênues

Tenras ! Sublimes

Urgem !

Rasgam as cercas do ostracismo libertino de mulheres e homens com suas rédeas como nortes

como açoites

e castigos

Transcendem

Loucas ! Doidas

Desesperadas pelo ato de viver poeticamente

Transcendem

Transluzentes

E ergo taças de vinhos

Doces ! Amargos !

Suaves ! Quentes !

Gélidos !

E ergo taças de vinhos

Aos deuses descalços e nus!

E ergo tochas do gozo quando se sente

O romper de um novo dia de tantos outros que virão !!

E ergo feixes de labaredas reluzentes

alumiando sonhos

Colorindo utopias

Das flores que explodem puras, nuas,

e imprimem solenes seu destino

Ser flor

E celebro com todos os vinhos

Com as deusas puras, nuas

E ergo taças cheias de vinhos a incendiar seus cheiros

Na celebração da flor que ousa romper

nascer, viver, existir

Na celebração da flor

que insiste e nunca desiste de tingir o tempo com seu destino de semear Bonitezas !

(raicarvalho)

21032022

noite

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 21/03/2022
Reeditado em 21/03/2022
Código do texto: T7477872
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