Fim de tarde e de estação

Vai-se o sal da pele

E igualmente, a areia entre os dedos e os dias.

Vão -se o vento vívido, a profusão de cores, o azul na retina, a maresia nos cabelos.

Caetano, Djavan, o nascer da manhã,

Tantos apelos.

São as águas de março fechando a janela

E as folhas caídas

Dos troncos, dos livros

Do pé de canela.

É o oceano em solidão

O arrepio na pele, amor que repele,

O amarelo do não.