Aos Enfeiadores do Mundo
Aos enfeiadores do tempo
Aos que enfeiam vidas
Aos que secam pratos e fontes
Que secam e minam sorrisos alheios !
Aos que desertificam com venenos e matam outros em nome dos seus bolsos
Aos que enfeiam a terra
com os venenos da ganância burra !
Aos tiranos e maltrapilhos de si mesmos
Aos que que plantam e regam feiúras
Em cada esquina do mundo
Aos que enamorados dos vivos mortos sem mais esperanças, seduzem cegos, surdos e mudos de afetos, de carinho com o outro !
Aos que engrenam distopias como gozo de suas burrices, cretinices
Os sem almas
Sugadores promíscuos sediados nos terrenos gestações de sementes estéreis
A todos os enfeiadores
Os que emonturam o mundo com suas suas ganancias
E vomitam arrogância
Egoísmos e burrices
Da volúpia dos seus enganos
Pobres homens
Pobres poucas mulheres
Nesse palco reinam os machos feiosos que só pensam em ter
Sem nunca ter o que tem !
Sem nunca terem o que querem
Aos pigmentados de feiúras
Que o hálito soberbo e oriundo do nada mesquinho e raro
Como são raros os seus dias
De agonias sem sonos
Algarismando os amanhãs
Aos enfeiadores do mundo
Meu nojo
Meu vômito desperdiçado em tua face enrugada precoce e de burra velhice
Aos enfeiadores do mundo
Meu olhar enesgado sem o desperdício de ódios
Odiar pra que ?
Não há coisas mais dignas pra o odiar desperdiçar
Aos enfeiadores mundo...
O meu tédio como testemunho seco
Como registro óbvio
E certeiro de que não estou e nunca estarei dos seus lados:
Podres Azedos Fedorentos Nojentos
Aos enfeiadores do mundo
Do seu íntimo a secura seca árida pálida e estéril
origem da ausência, demência, da falta de Bonitezas
(raicarvalho)
19032022
noite