NOSTALGIA INFINITA
Por Juliana S. Valis
Às vezes, sentimos saudade do abstrato,
Uma nostalgia de quem sonhávamos ser,
Um mergulho em tempos passados
Que fazem um novo amanhecer
Indelével, nas memórias insones,
Entre fortunas e nomes e fatos,
Feito porta-retratos desenhados na mente,
Na fronteira que, de repente, os sonhos abriram
E construíram para versões do amanhã,
No desejo de talvez serem amados no tempo
E eternizados em obras de arte,
Feito um livro sem fim, aberto, ao relento,
Neste breve momento que a nostalgia escreveu,
Como síncope das ilusões de outrora,
Constantemente reeditadas na alma, no sonho
E neste afã humano de que a arte nos salve
De nós mesmos, do amanhã e de tudo aquilo
Que idealizamos ser, e não somos,
Entre instantes fugazes da nostalgia infinita,
Quando grita a esperança nesses ventos de fé.
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Primeira imagem: https://br.pinterest.com/pin/32862272269763547/
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