IDADES

Sempre que me perguntam

Qual é a minha idade

Fico perdida na resposta

Perdendo-me da realidade!

Tenho alma milenar

Que viveu em muitos mundos

Lutou em muitas batalhas

Indo de rei a vagabundo!

O meu corpo é uma máquina

Que nunca precisou revisão...

Dá pro gasto, serve-me em tudo

Só passando por simples manutenção!

No amor sou adolescente

Inconseqüente e peralta

Não temo o que vejo à frente

E mesmo que sofra isso não me mata!

Na convivência com as pessoas

Sinto-me um bebezinho

A maldade delas incomodam

Suas leis me espezinham!

Na inteligência, ainda criança...

Tenho muito que aprender!

Tantas coisas me motivam

E ainda há tanto a fazer!

Na amizade, não tenho idade

Dela sou somente espelho

Tratando a todos como sou tratada.

Devolvo a energia que recebo...

Mas não me queira inimiga

Pois eu devolvo a pedrada!

Como achar a idade correta

Dentro de tanta confusão?

Se recorro à matemática

Acabo encontrando uma equação!

Soma, tira, multiplica

Noves fora, quanto fica?

Eleva “x” ao quadrado

E a coisa se complica!

Talvez seja por isso

Que dizem para não fazer

Esta pergunta a uma mulher

Se não quiser também se perder!

Santo André, 22.11.07 – 2h10m