Quando tudo for apenas
Quando tudo for apenas
Nem ao menos lembrança
E nem sobrar o cheiro
Nem o doce da açucena
E tudo se resumir
A menos do que pena
E teu rosto não for mais
Que um fantasma invisível
E tuas mãos não mais puderem
Sentir o gosto do frio
Tudo estará sendo
Como sempre foi
O sol no horizonte vindo
Talvez até se pergunte
Para onde foi aquele
Que me olhava tanto
E no entanto sem resposta
Atravessará o arco do dia
E seguirá sem ao menos saber
Que nada mais resta de você