O que me resta?
Celebremos todo dia a vida
Em sonetos de maestrias mil
Perdidos no embaraço da constância
Ou até, inconstância, do cosmo parido
O vinho desce como rios
Na calma caudalosa
E digo que já não existo mais
E sinto calafrios
O pouco que me resta é você
Que me lê e ouve
Ou você a quem desperto ira
Alegrias e tristezas
O que me resta
É a companhia das indomáveis
E o amanhecer que sangra
Escorrendo pela minha boca