O que me resta?

Celebremos todo dia a vida

Em sonetos de maestrias mil

Perdidos no embaraço da constância

Ou até, inconstância, do cosmo parido

O vinho desce como rios

Na calma caudalosa

E digo que já não existo mais

E sinto calafrios

O pouco que me resta é você

Que me lê e ouve

Ou você a quem desperto ira

Alegrias e tristezas

O que me resta

É a companhia das indomáveis

E o amanhecer que sangra

Escorrendo pela minha boca

Diogo Nascimento Oliveira
Enviado por Diogo Nascimento Oliveira em 15/03/2022
Código do texto: T7473382
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