MONTANHAS DE MINAS

Montanhas que da vista se perdem,

Cintilam no nascente sol que se insinua para rutilar.

Obumbram no poente sol que se recolhe para adormecer.

Vultosas, mas cabes em meus olhos, pálpebras que cerro,

Para que minha alma te contemple toda, com esmero.

Horizonte avermelhado com nuvens flamejantes.

Calma matutina. Doçura vespertina. Mistério noturno.

Montanhas que de adama se emergem.

Floresta em solo íngreme, acolhendo fótons de energia.

Nicho de muitas vidas, talvegues, onde a matéria viva viceja.

Frondosas árvores, habitadas, nos ciclos plenos de vida.

Pleroma que sustenta meu Espírito, com numinoso carinho.

Horizonte esverdeado com dosséis flamulantes.

Alma matutina. Delicia vespertina. Mistério soturno.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 13/03/2022
Reeditado em 13/03/2022
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