HÁ TEMPOS

Há um tempo a que não pertenço.

Talvez broto de brotos,

Terreno cheio de sementes

E solo fértil, úmido,

Mas não pertenço.

Há um tempo não pertenço

A esse vento em forma de cheiro,

Aroma de uma sensação

Às vezes escusa,

Meio sem jeito.

Há tempo não pertenço

Aos jogos de arfar

Por entre pêssegos e maçãs,

Sumos e sabores

Espalhados pelos quintais.

Ah, ao tempo pertence

A sementes úmidas e frescas,

A ventos carregados de perfumes,

A frutas com cores e gostos

Há tempos...

CARREIRA
Enviado por CARREIRA em 13/03/2022
Código do texto: T7471803
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