Um amor que não me cabe
Um amor que não me cabe,
transborda e infiltra cantos,
cânticos, pálpebras e retina.
Ums dor que não se sabe,
invoca sorrisos e prantos,
procura a calma e a fulmina.
O fantasma das coisas vencidas
em tudo habita.
A sombra do peito explosivo
ainda cogita.
Uma mistura entre o ser,
o tempo e as sensações,
trêmulas sob o vento da varanda.
Angústias sobre o ter,
acostumado às contusões
feitas pelo amor, excede a demanda.