Poema em gestação

Voltarei a fazer Poesia:

devagar, como se fazem os frutos do maracujá.

De cada veia uma gota de sangue

harmônica,

densa e nutriz, feito garapa de cana moída na hora...

Lentamente.

Para quê roubar segundos do prazer do susto da estesia?

Decerto, há desnecessidade

e ânsia,

que, pré poeticamente,

se complementam.

O poema urge.

Poesia, não.

Gina Girão
Enviado por Gina Girão em 12/03/2022
Reeditado em 12/03/2022
Código do texto: T7470796
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