Poema em gestação
Voltarei a fazer Poesia:
devagar, como se fazem os frutos do maracujá.
De cada veia uma gota de sangue
harmônica,
densa e nutriz, feito garapa de cana moída na hora...
Lentamente.
Para quê roubar segundos do prazer do susto da estesia?
Decerto, há desnecessidade
e ânsia,
que, pré poeticamente,
se complementam.
O poema urge.
Poesia, não.