Angustia.
Deito-me sobre o divã...
Preciso falar sobre as mágoas,
Que hoje em mim se acumulam
E enchem meus olhos de água.
A vida que tanto sonhei,
Passou... Sequer percebi.
Os dias que planejei,
Se foram e eu, não os vi.
Passou o tempo da infância,
Os anos de juventude,
Restou em mim a vontade:
Vivê-los na plenitude!
Vida que levo, me leve!
Ou deixe-me recomeçar...
Fique em mim o que aprendi,
Preciso, para não mais errar.
Deito-me sobre o divã...
É triste que seja assim.
Ou rasgo do peito essa angustia,
Ou ela se apossa de mim.