Perdida na minha imensidão
A mais cruel batalha travei contra mim
Caí na cova das serpentes
E naquela floresta petrificada
Lutei contra tudo e contra todos
O inimigo não morava ao lado
Estava dentro de mim
Perdido na minha imensidão
No meu vale de lágrimas
A cruz que eu carregava era por demais pesada e estava à beira do abismo
Sangue e areia misturavam-se no meu chão, sob meus pés
E tanta coisa tenho para lhe dizer
Palavras, não meras palavras soltas ao vento
Palavras que ferem a alma feito navalha na carne
Você me esqueceu, minha louca obsessão
Suave e amaro veneno
Que desce corroendo minhas entranhas
Na noite de desespero
Não sei quem mais sou
Profundo abismo se fez em mim
Mergulho em águas impuras, turbulentas, traiçoeiras
E nesse covil onde você me lançou
Eu choro, derramo todos os meus medos e solto meus demônios nesse quase morrer...
Nessa mais cruel batalha...