Morbidez
Na paranóia do tempo,
Um corpo lançado ao relento,
Por vezes sequer se vê.
É um descaso profundo,
É a escória do mundo,
Fingindo ser gente bem.
Na morbidez das palavras,
A mão que a outra lava,
Sequer conhece escrever.
Então tropeça no tema,
Mas a rima do poema,
Jamais aceita perder.
Escreve o poeta no escuro,
Seu sentimento mais puro...
Frases que não serão lidas.
Melhor que sentar-se no muro,
Isso eu quase que juro,
É navegar pela vida...