INFINITOS

INFINITOS

Aquela flor que despetala

Foi abatida por bala

E no chão foi pisada

Por botas cheias de razão

Que a razão desconhece

Que tal uma prece?

Resolve? Creio que não

Todo mundo pro porão

Afinal a flor está morta

Esmagada pelas lagartas

Em suas ignorâncias fartas

Passando por cima de tudo

Não importando gritos

São mudos

São surdos

Nos surtos de delitos

Todos infinitos

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 09/03/2022
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